Transtorno
de Pânico
Definição:
caracteriza-se por ataques súbitos de ansiedade, acompanhados de sintomas
físicos e afetivos, e do medo de ter outro ataque podendo haver evitação a
lugares ou situações em que ocorreram ataques de pânico.
Existe um
medo irracional das sensações físicas do ataque de pânico. Há pessoas que que
devido à um condição biológica, são mais sensíveis. Muitos pacientes com o
transtorno do pânico, após os primeiros ataques, ficam impressionados com as
sensações passando por um condicionamento interoceptivo e acabam associando
reações fisiológicas de ansiedade aos ataques, ficando alertas sem motivo.
O medo de
morrer ou passar ter um ataque cardíaco é comum no transtorno. Indivíduos com o
transtorno costumam ficar alertas às sensações físicas, o que aumenta a
ansiedade. Costumam desenvolver uma atenção seletiva aos processos somáticos e
mentais.
Dica:
Aconselha-se não focar nas sensações internas e tenta mudar o foco do
pensamento na situação.
Ansiedade x
Pânico
Ansiedade
seria uma apreensão em relação a algo, no caso do transtorno, podendo haver
ansiedade em relação à um possível ataque de pânico. O ataque de pânico seria
uma resposta imediata de luta ou fuga diante do perigo percebido.
MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL
O modelo da TCC tem como foco trabalhar o medo dos sintomas
físicos do transtorno, dos pensamentos disfuncionais e da evitação dos
pacientes dos lugares ou situações em que houve ou em que poderia haver um
ataque.
O tratamento visa eliminar o medo das sensações físicas, as
evitações e estratégias de segurança que aumentem o grau do transtorno.
Qual deve ser o foco do tratamento?
1-) Psicoeducação: compreensão da ansiedade normal x
patológica, assim como o grau de medo para a manutenção do transtorno
1-) Psicoeducação: compreensão da ansiedade normal x
patológica, assim como o grau de medo para a manutenção do transtorno (ver fig
13.2 da página 220 Knapp).
2-) Técnicas de enfrentamento da ansiedade: utiliza-se a
respiração diafragmática e o relaxamento muscular. Pela reeducação
respiratória, ensina-se ao paciente a respirar adequadamente nos momentos de
crise, e não hiperventilar ou respirar de forma descontrolada, o que contribui
para alguns dos sintomas.
3-) Reestruturação cognitiva ou terapia cognitiva: tem como
intuito a reeducação das cognições disfuncionais ou interpretações errôneas que
aumente a ansiedade. Através do ensino de como os pensamentos influenciam nas
emoções e como identificar pensamentos automáticos que levem ao desespero.
Através de Análise dos erros e da lógica, demonstra-se que
pensamentos não são fatos. O questionamento das evidências a favor e contra de
um hipótese também ajuda.
Descatastrofização -> pode-se examinar as hipóteses
temidas perguntando o que iria acontecer em seguida, caso a hipótese se
confirmasse.
Reatribuição -> e se fosse com outra pessoa que isto
estivesse acontecendo, como a julgaria? Este pensamento leva a uma mudança de
paradigma.
Generalização -> contestar a generalização de uma crença.
Por ex., se o ataque ocorreu num mercado, que dizer que ocorrerá em todos os
mercados?
4-) Terapia comportamental: trabalhar gradativamente, o
enfrentamento de uma situação fóbica de menor grau, até uma de maior grau. Enfrentar situações temidas, permanecendo por
tempo considerável, vai diminuindo a ansiedade com o tempo.
Com o enfrentamento da situação temida, ocorre a habituação.
Uma situação antes temida passa a ser encarada de maneira natural.
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